“Visita reforçou a importância de apoiar a causa indígena na preservação de sua cultura e na defesa de seus direitos”, afirma a diretora Maria Dinorá Baccin de Lima da Escola Visconde de Araguaia, de Coxilha (RS) durante a Exposição em agosto, que agora, se estenderá até o final de 2024.

Desde o seu lançamento em início de agosto, a Exposição do Memorial Kaingang: Andila Nῖvygsãnh vem atraindo cada vez mais pessoas. Aprovada pela Fundação Nacional de Artes/Funarte, Ministério da Cultura/MinC e apoiada pela Rede RS Pontos de Cultura, a iniciativa é da Organização Indígena Instituto Kaingáng, Inka, com curadoria da produtora cultural Susana Kaingang.

Durante agosto, a Exposição recebeu parte da Rede de Ensino da cidade de Coxilha, onde se localiza o Memorial Kaingang, inaugurado em fevereiro deste ano.

Realizou a visita no dia 13, a Escola Estadual de Ensino Médio Visconde de Araguaia, e nos dias 20 e 22, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Pantaleão Thomaz, formando um público acima de 400 estudantes.

Circuito de visitação

O circuito foi guiado pelo professor indígena Kaingang Luiz Alan Retanh Vaz, um experiente educador com mais de uma década de ensino em séries iniciais, com formação bilíngue (português/kaingang) e a agente cultural Mari Teresinha Franco, ambos com longa trajetória de trabalho junto ao Ponto de Cultura Kanhgág Jãre do Instituto Kaingáng.

A diretora Maria Dinorá Baccin de Lima da Escola Visconde de Araguaia acompanhou alunos e professores na visita ao Memorial Kaingang e explica a importância da atividade. “Foi uma oportunidade valiosa onde exploramos a História e a Cultura Indígena no Memorial Kaingang, trazendo reflexões sobre a contínua luta desses povos para manter vivos seus costumes e tradições. Também a importância de manter um diálogo respeitoso e contínuo com os povos indígenas, promovendo o respeito à diversidade e a inclusão cultural”.

Ainda sobre a visita, a diretora da Escola ressaltou, “a interferência do povo não indígena trouxe impactos profundos, mas a resistência e resiliência dos Kaingang são exemplos inspiradores. Valorizar a história, os costumes e a arte indígena é essencial para promover uma sociedade que respeite e celebre a diversidade, fortalecendo a compreensão e o respeito pelas múltiplas culturas que compõem nossa sociedade”, diz ela.

Os visitantes puderam apreciar um acervo importante de peças de arte, telas em pintura, grafismos em tear de prego, cestarias, cerâmicas, adornos e enfeites, arquivos fotográficos, registros e memórias coletivas do povo Kaingang, principalmente do Rio Grande do Sul. Venha e conheça nosso espaço, agende sua visita pelo e-mail institutokaingang@gmail.com

A Exposição possui ainda, algumas peças artesanais para aquisição. Os horários disponíveis são de segunda à sexta das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, no prédio do Instituto Kaingáng na Rua Natálio Vieira, 870, no centro de Coxilha, Rio Grande do Sul (a 20 km de Passo Fundo), entrada franca (ou 1 kg de alimento não perecível para doação a famílias indígenas).

Fotos: Mari Teresinha Franco / Maria Dinorá Baccin de Lima

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